Hoje vivi uma situação que não poderia deixar de descrever nesse blog.
Hoje eu e Cristiane, minha mulher, fomos até o abrigo de Vitória para que uma potencial adotante, Luciana, fosse conhecer os cãezinhos de lá, e chegando, a primeira coisa que a ajudante de Vitória , chamada Lidiane, nos diz - na realidade nos pede - é para que fôssemos ajudá-la a resgatar uma cadela e seus 5 filhotes recém nascidos (coisa de 1 dia), que estavam expostos numa calçada com relativo movimento.
Ela preparou uma caixinha com um paninho e uma vasilha com uma pequena porção de ração úmida (para atrair a mamãe) e fomos lá. Chegando no local estava lá a cadela amamentando os filhotinhos, e próximo estavam alguns homens sentados, jogando conversa fora, que perguntaram se íamos levar os cães. Dissemos que sim, e eles aprovaram a atitude - embora não tenham feito absolutamente nada para ajudar a cadela de fato - , mas o que me deixou realmente incomodado é que um deles falou meio lamentando, meio constatando, que se não tirássemos os cães, mais tarde algumas crianças que circulam por lá, certamente os matariam. Outro falou algo do tipo: "é, essas crianças daqui são muito ruins, se deixar aí, matam com certeza". Disse isso de uma forma natural, como algo que faz parte da rotina, tipo: "As crianças daqui são assim mesmo, perversas." Que horror!
Hoje eu e Cristiane, minha mulher, fomos até o abrigo de Vitória para que uma potencial adotante, Luciana, fosse conhecer os cãezinhos de lá, e chegando, a primeira coisa que a ajudante de Vitória , chamada Lidiane, nos diz - na realidade nos pede - é para que fôssemos ajudá-la a resgatar uma cadela e seus 5 filhotes recém nascidos (coisa de 1 dia), que estavam expostos numa calçada com relativo movimento.
Ela preparou uma caixinha com um paninho e uma vasilha com uma pequena porção de ração úmida (para atrair a mamãe) e fomos lá. Chegando no local estava lá a cadela amamentando os filhotinhos, e próximo estavam alguns homens sentados, jogando conversa fora, que perguntaram se íamos levar os cães. Dissemos que sim, e eles aprovaram a atitude - embora não tenham feito absolutamente nada para ajudar a cadela de fato - , mas o que me deixou realmente incomodado é que um deles falou meio lamentando, meio constatando, que se não tirássemos os cães, mais tarde algumas crianças que circulam por lá, certamente os matariam. Outro falou algo do tipo: "é, essas crianças daqui são muito ruins, se deixar aí, matam com certeza". Disse isso de uma forma natural, como algo que faz parte da rotina, tipo: "As crianças daqui são assim mesmo, perversas." Que horror!
Antes de ir lá, Lidiane havia nos dito que essa semana algumas crianças haviam matado um gato de maneira cruel, num meio fio.
Fiquei aliviado em ajudar de alguma forma a tirá-los de lá, mas com a certeza de que os animais das redondezas sofrem violência o tempo todo. Alguns cães e gatos do abrigo foram parar lá por conta disso.
Infelizmente não registramos imagens dos bichinhos, que agora estão com sua mãe no abrigo. Só sei que o resto deste sábado chuvoso se tornou ainda mais deprimido e com uma sensação de impotência terrível.
Infelizmente não registramos imagens dos bichinhos, que agora estão com sua mãe no abrigo. Só sei que o resto deste sábado chuvoso se tornou ainda mais deprimido e com uma sensação de impotência terrível.
Hoje em dia as pessoas se conformam com as "crianças monstrinhos" que estão criando em casa e acham bonito dizer que "o filho tem gênio forte".
ResponderExcluirEssa falta de educação que se instalou nos lares brasileiros é preocupante, começam com um gato, um cachorro e depois os pais choram na TV quando tem um filho assassinado pelo tráfico e dizem aquela velha frase "era um menino de bem, não fazia mal a ninguém".
E diante de tudo isso a nossa impotência impera mesmo.
A gente faz nosso papel de educar na causa animal, incentivar a posse responsável, mas foge da nossa alçada a consciência de cada pessoa.
Esses dias estou batendo na tecla da castração animal, pois nessas últimas semanas nos deparamos com uma adotante que estava feliz pois sua cadela SRD adotada estava grávida e uma outra que ligou pedindo ajuda para doar os filhotes de sua SRD recém-parida.
E bato na mesma tecla, sem a ajuda de todos, nosso trabalho não tem um final perfeito, como desejamos.
Esses filhotes foram salvos, me pergunto e tantos outros que estão nas mãos dessas crianças?!
Triste isso!
Uma criança nao aprende esse tipo de coisa sozinha..os pais deveriam ensinar coisas boas, como por exemplo respeitar a natureza e os animais!pois a culpa nao é da escola..e sim dos pais ou familiares que convivem com essas crianças!!a criança precisa saber o que é mal e bom, as vezes também a criança apresenta traços de psicopata, os pais é que tem que buscar tratamento psicologico para seus filhos...entao de toda forma os pais sao os culpados!
ResponderExcluirSe um adulto for denunciado por maus tratos e crime,não e? E crianças? elas podem faze oque quiserem? e os pais delas não são responsáveis? Enquanto não tivermos equipes da policia especializadas em animais,como em alguns estados dos US, esse assunto não será tratado com o devido respeito! E mais, se os pais não cumprem o seu papel educando as crianças e ensinando sobre respeito aos demais seres vivos e ambiente, a escola devia fazer esse papel.
ResponderExcluirNo decorrer desse ano vou correr os gabinetes dos vereadores e a promotoria do meio ambiente para pedir a proibição da venda de baladeiras e espingardas de ar comprimido (que só servem para mutilar e matar animais), além de batalhar alguma disciplina de conscientização em relação ao meio ambiente (no qual os animais estão incluídos). Acredito que toda essa selvageria dessas crianças parta da falta de estrutura familiar, e é claro, da própria índole ruim de cada uma delas.
ResponderExcluirFernanda, você deve lembrar do dia em que saímos de Vitória, que vimos umas crianças com baladeiras, prontos para fazer alguma maldade com o primeiro animal que vissem.
QUE DÓ!!!!!!!!!!!tadinha da mamãe cachorra e dos filhotinhos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirFato lamentável. Acredito que as crianças são exemplos dos pais. De 10 gatos que já criei, 6 foram resgatados na rua pela minha filha que trazia para alimenta-los e o que era lar temporário virava definitivo. Ela começou com esses resgates com apenas 7 anos, quando ia brincar em uma pracinha perto de casa. Hoje moramos em um condomínio de apartamentos e infelizmente presenciamos alguns "monstrinhos" destes querendo jogar pedras em gatos que entram no condomínio, incentivados pelos próprios pais.
ResponderExcluirMas Marcelo não fique triste não, agradeça a Deus de ter dado tempo de resgatar essa cadela e seus filhotes. Seu trabalho junto ao abrigo de Vitória e a este blog é um canal de providência divina.
Crianças não nascem ruins, elas são fruto do meio em que vivem, muitas vezes essas crianças crescem vendo a mãe matar galinhas com as proprias maos para o almoço, o pai chicotear um jumentinho que puxa a carroça, e por ai vai, os pais criam as crianças soltas na rua sem qualquer limite ou referencias do certo e errado, e no dia a dia aprendem a olhar pra um animal como um tijolo que anda. Esse é um problema nada simples, é um problema social, ligado muitas, muitas, muitas vezes mesmo, a pobreza, a falta de escolas pras crianças, os malstratos que essas crianças sofrem nas ruas e até mesmos em suas proprias casas, a falta de amor ao proximo dentro do seu proprio lar, a falta de respeito entre os vizinhos e familiares, em fim... o buraco é fundo. Infelismente. (Andressa)
ResponderExcluirTambém já senti essa sensação de impotência e posso dizer com toda certeza que é uma das piores que já experimentei na vida. A vontade de ajudar todos os bichinhos é muito maior do que a real possibilidade de realmente fazer. Tudo que fazemos parece ser muito pouco diante do quanto eles precisam. Mas acreditemos: tudo é muito importante para aqueles que usufruem dessas pequenas atitudes. O importante é não desfalecer jamais!
ResponderExcluirComo pediatra, há tempos observo a omissão dos pais em relação ao comportamento de seus filhos. Gostaria de alertar que crianças que praticam atos cruéis tem distúrbio de comportamento. A causa muitas vezes é sim o ambiente em que vivem e o exemplo que recebem dos pais , como já foi falado. Porém se não combatido, mais tarde esses pequenos terão desvio de conduta, ou seja, estarão praticando atos marginais de maior amplitude. Hoje maltratam bichos porque é a única coisa que sua pequena idade lhes permite fazer. Amanhã terão possibilidade de fazer muito mais. Nem tudo o que uma criança faz é fruto de sua ingenuidade. PAIS, EDUQUEM SEUS FILHOS, ESTEJAM PRESENTES, CONHEÇAM SUAS ATIDUDES!
ResponderExcluirSe crianças perversas não conhecem limites, nem punições, pode ter certeza de que só trarão mais desgraça ao mundo, assim como já trazem.
ResponderExcluirOnde fica isso, Marcelo?
ResponderExcluirÍtalo, fica num bairro de Parnamirim. Mas mas maus tratos com os animais de rua não é privilégio de lá.
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