Por João Ricardo Correia *
Não custa nada alimentar amigos famintos. Amigos, sim, porque eles são incapazes de magoar, de agredir. Por onde se passa, é comum encontrar um cachorro, um gato, um jumento, um pássaro, ou qualquer outro tipo de animal necessitando de ajuda.
Até nesse aspecto eles são muito parecidos com a gente. Tem ser humano que parece ter nascido para sofrer, não é mesmo? Vive jogado nas calçadas, pedindo comida, pedindo dez centavos para comprar um pão, implorando por sua solidariedade. Imagine, então, o que passam os animais que também ficam por aí, com fome, sede, doentes, sem poder dizer, por meio das palavras o que estão sentindo. Mas não é muito difícil entendê-los, basta que você tenha um pouco de sensibilidade.
Não é doloroso ver uma pessoa, igual a você, ali, jogada aos seus pés, humilhada? E olhem que ela ainda pode falar, dizer o que está sentindo e, em alguns casos, pode até estar fingindo! Com os animais, não tem a menor chance de fingimento. Eles são como crianças: verdadeiros e indefesos.
Por isso, acredito que, juntos, poderemos diminuir o sofrimento de muitos desses nossos amigos “irracionais”. Não custa nada ajudá-los. Um pouco de comida, água, remédio para curar um ferimento. Isso, certamente, nos custará muito pouco materialmente, mas encherá nosso espírito de muita paz.
Não dê ouvido ao que outras pessoas possam dizer. Ajude os animais com sinceridade, com amor no coração.
Faça o que estiver dentro das suas possibilidades, mas faça. O importante é você ter a consciência tranquila do seu ato de amor a um ser que precisa da sua ajuda. Quando vir um animal maltratado, lembre-se que está nas suas mãos a chance de diminuir seu sofrimento. Se você nunca fez isso, experimente. Garanto que lhe fará um bem danado.
* João Ricardo Correia é jornalista, e editor do Jornal de Hoje. Desde julho de 2006 assina uma coluna com assuntos variados, sempre focado na busca pela qualidade de vida da humanidade.
O blog agradece a gentileza do autor de nos ceder este belo texto para publicação.
O fotógrafo Ney Douglas já havia me falado sobre o bom coração do João Ricardo, e seu amor pelos animais. Esse texto só reitera o que eu já tinha ouvido e aumenta ainda mais minha admiração. Parabéns João Ricardo, pela sua sensibilidade e generosidade. Agradeço em nome da minha humanidade e em nome dos animais. Forte abraço, Sheyla Azevedo.
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